General Heleno opta por responder somente à própria defesa e nega tentativa de golpe 732c3l

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Ex-ministro do GSI foi o quinto réu a falar no STF nesta terça-feira (10); reunião com ministros, segundo o militar, ocorreu para evitar episódios violentos durante a eleição

  • Por da Redação
  • 10/06/2025 14h44
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Ton Molina/STF General Augusto Heleno Defesa de Heleno tentou demonstrar que houve um distanciamento entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro na segunda metade do governo

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar esclarecimentos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Durante seu depoimento, ele negou qualquer apoio a ações golpistas, ressaltando que não havia “oportunidades” para tais atos e defendeu a implementação do voto impresso. Ele foi o quinto réu a prestar depoimento e não respondeu a perguntas de ninguém além de sua própria defesa. Heleno foi questionado pela defesa sobre sua possível participação na disseminação de desinformação a respeito das urnas eletrônicas. “Eu não tinha nem tempo para fazer isso”, respondeu o general. A Procuradoria-Geral da República o acusa de ter feito declarações consideradas golpistas em uma reunião ministerial realizada em julho de 2022.

“Eu já conversei ontem com o Vitor, que é o novo diretor da Abin. Nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é se vazar qualquer coisa em relação a isso. Se houver uma… Porque muita gente se conhece nesse meio. Se houver qualquer acusação de infiltração desse elemento da Abin em qualquer lugar”, teria dito Heleno na ocasião

O ex-ministro argumentou que o propósito da reunião era evitar a ocorrência de violência contra candidatos ou impedir a locomoção de eleitores durante as eleições, e não para planejar a infiltração de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) nas campanhas eleitorais. “Eu realmente conversei com o Victor, que era à época o diretor interino da Abin, para que fosse realizado um acompanhamento das eleições presidenciais para evitar que acontecesse algo como ocorreu com Bolsonaro na facada de Juiz de Fora”

Ele é indicado pela Polícia Federal como parte de um “núcleo de inteligência paralela” que teria contribuído para a tentativa de golpe. A defesa de Heleno tentou demonstrar que houve um distanciamento entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro na segunda metade do governo. Testemunhas confirmaram que o general manteve uma transição pacífica após a derrota nas eleições, sem discutir planos de golpe.

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Além disso, documentos e anotações obtidos pela Polícia Federal revelam que o governo Bolsonaro considerou utilizar a Advocacia Geral da União para obstruir operações policiais. A Abin, segundo a PF, foi empregada para atividades de espionagem e disseminação de desinformação sobre o processo eleitoral, evidenciando uma “comunhão de esforços” para intimidar investigações contra membros do governo.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

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